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Morre Claudio Sabino Carvalho, símbolo do nelore

28 FEV 2012 • POR Globo Rural • 02h54
Dono da Naviraí, Claudio Sabino Carvalho fez da marca uma referência em melhoramento genético zebuíno - Marcelo Lara

A pecuária brasileira está de luto. Morreu em Uberaba (MG), nesta segunda-feira (27/2) Claudio Sabino Carvalho, 67 anos, um dos mais perfeccionistas selecionadores de nelore do país, que apurava também guzerá, brahman e gir leiteiro. Titular da marca Naviraí, Sabino sofreu um infarto fulminante.

A Naviraí foi uma marca líder no ranking de negócios com sêmen de nelore. Foram mais de 1 milhão de doses comercializadas. Determinado, Claudio Sabino foi um dos primeiros pecuaristas a aderir aos programas de melhoramento genético no Brasil, tecnologia que mudou para sempre e para melhor a qualidade do zebuíno.

Seu rebanho esparramou genética por todos os estados brasileiros. Animais com genética Naviraí são responsáveis por aproximadamente 26 mil registros genealógicos na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), informa e entidade. Na revista Globo Rural, Claudio foi personagem de uma grande reportagem intitulada “O touro macio”, publicada em março de 2009. A matéria focava a chegada dos marcadores moleculares, ferramenta tecnológica moderníssima para o aprimoramento do gado.

Uma das frases de Claudio Sabino sintetizou o trabalho de lapidação do nelore que ele fazia há quase 50 anos: “O meu foco é na carcaça. Boi para mim tem que produzir carne.” Naquela ocasião, o fazendeiro mantinha 30 touros em centrais de inseminação. O enterro de Claudio Sabino aconteceu nesta terça-feira (28/2), em Uberaba.