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Adriane Zart a nova colunista do Portal Acrissul

26 JUL 2011 • POR Acrissul • 11h38

O Portal Acrissul estende seu conteúdo, somando forças com a Médica Veterinária Adriane Zart, a nova colunista do portal que melhor informa o produtor rural no estado do MS, juventude e competência com estas características Adriane abordará questões sanitárias, dicas de manejo, mercado regional e nacional.

Conheça um pouco mais de Adriane:

Adriane Lermen Zart,24 anos, Médica Veterinária, natural de  Dom Pedrito – RS

Fomação:

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2009). Desenvolveu projeto de pesquisa como bolsista de Iniciação Científica no Laboratório de Patologia do CCBS/UFMS. Vinculada ao grupo de pesquisa em Patologia da Reprodução e Diagnóstico de Infertilidade de Bovinos e Ovinos, certificado pela UFMS. Atualmente é mestranda em Ciencia Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFMS com pesquisas sobre fisiopatologia da reprodução. Tem experiência na área de bovinocultura de corte, com ênfase em reprodução e gestão de propriedades rurais.

Entrevista:

Como você avalia o mercado veterinário regional?

Apesar do grande número de médicos veterinários que se formam todo ano, acredito que ainda há espaço no mercado para aqueles que são competentes. Isso porque além da medicina veterinária possuir um leque muito amplo de atuação, a pressão que outras atividades, como a silvicultura e a cana de açúcar,  atualmente vêm exercendo sobre as tradicionais áreas de pecuária, obrigam o produtor rural a intensificar sua produção, caso queiram permanecer com a bovinocultura. Para isso, é necessário a adoção de novas tecnologias na propriedade, principalmente nas áreas de reprodução, nutrição e gestão, abrindo assim novas oportunidades para os médicos veterinários.

O que a pecuária Sul-Mato-Grossense ganha e perde comparado a outros Estados?

 Creio que o maior entrave para a produção pecuária está na infra-estrutura de transporte do nosso estado, a distâncias são grandes e as estradas são péssimas. Outro problema que têm  prejudicado a pecuária  sul-mato-grossense é a questão indígena, que traz  muita insegurança aos pecuaristas. Por outro lado, o Mato Grosso do Sul é um estado de natureza muito rica, onde se produzir é muito fácil. As pastagens são abundantes, não temos problemas com água e nem com o frio. Além disso, como o estado é também uma potência na agricultura, aqui é relativamente fácil de se aplicar a integração lavoura-pecuária, aumentado a  produtividade e diminuindo a degradação das pastagens.

Em geral o produtor rural acompanha a tecnologia e os avanços presentes no agronegócio?

Sim, sem dúvida alguma, principalmente nos últimos anos. Aquele pecuarista tradicional de antigamente que largava o boi no pasto e só abatia depois 4 ou 5 anos está se tornando cada vez mais raro. Hoje, o produtor que não acompanha as tecnologias e não intensifica sua produção acaba arrendando ou vendendo suas terras para lavoura ou floresta, que são opções muito mais lucrativas.

Quais são os principais desafios encontrados para lucratividade na pecuária de corte do MS?

 O grande desafio para pecuária de corte é alcançar uma gestão financeira eficiente, principalmente em relação ao controle dos custos e receitas. O produtor rural precisa entender que a fazenda nada mais é que uma empresa, e assim, para continuar sobrevivendo necessita ser lucrativa, e isso só se descobre contabilizando todos os gastos e dividendos gerados pela atividade. Outro fator que precisa ser vencido para se ter uma pecuária lucrativa é o melhoramento genético do rebanho. Apesar dos programas de melhoramento genético já existirem há alguns anos, a utilização de animais geneticamente superiores ainda é muito limitada nos rebanhos comercias. O uso desses animais em larga escala contribuiria enormemente para melhorar índices produtivos e reprodutivos que são baixos em nosso estado.

As autoridades e representantes políticos têm prestado o devido suporte para o produtor rural?

 Sinceramente, o apoio da classe política aos produtores rurais ainda é muito pequeno. As estradas são péssimas (apesar do Fundersul), a carga tributária é exagerada e as leis trabalhistas são desfavoráveis. Por outro lado também é fundamental que a classe produtora esteja unida e organizada, só assim conseguiremos cobrar dos nossos representantes as devidas melhorias.

Clique abaixo e acesse sua coluna:

http://www.acrissul.com.br/colunista/artigo/27/as-matrizes-abatidas-no-primeiro-trimestre-farao-falta