Diversificação

MS fortalece citricultura com capacitação regional e reforço à segurança sanitária

Mato Grosso do Sul conta hoje com 60 propriedades dedicadas à citricultura, somando 15 mil hectares plantados e 7 milhões de mudas

11 DEZ 2025 • POR Rosana Teixeira | Semadesc-MS • 11h19

Mato Grosso do Sul ganha, com a citricultura, uma nova janela de oportunidades para diversificação produtiva. Para criar um ambiente cada vez mais atrativo aos investidores, a Semadesc vem fortalecendo a atividade com políticas públicas que garantem segurança jurídica e sanidade exemplar. A meta é alcançar 50 mil hectares de laranja plantados até 2030. Esse potencial e os desafios da cadeia foram destaque na terça-feira (10) durante o Encontro Regional de Capacitação da Citricultura, realizado no Espaço Sesi MS, em Três Lagoas. Promovido pela Semadesc e pela Iagro, em parceria com a Prefeitura de Três Lagoas, o evento reuniu equipes técnicas e de fiscalização da Iagro, da Agraer e de cerca de 20 municípios da região da Costa Leste. A abertura contou com a presença do secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, da secretária municipal de Agricultura, Mariana Maia, e do secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas, Marcos Antônio Gomes Júnior.

Durante o encontro, os participantes discutiram atualizações, procedimentos, defesa sanitária e trocaram experiências essenciais para o avanço seguro e sustentável da citricultura. As palestras foram conduzidas pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, pelo engenheiro agrônomo especialista em citricultura, Murilo Piccin, e pelo diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold. A capacitação integra as ações preparatórias para o MS Citrus Summit, que será realizado nesta quinta-feira (11), também em Três Lagoas, com a presença do governador Eduardo Riedel, do secretário Jaime Verruck, da Semadesc e de outras autoridades e referências nacionais da cadeia citrícola.

O secretário-adjunto Artur Falcette destacou o papel estratégico da qualificação técnica para o fortalecimento da cadeia. “É com grande satisfação que estamos aqui, com a participação dos municípios nesta capacitação, que integra uma nova fase de desenvolvimento do nosso estado. A capacitação e as relações institucionais são hoje nosso principal diferencial competitivo. Observamos as dificuldades enfrentadas por outros estados, como São Paulo. No Mato Grosso do Sul, vivemos uma posição privilegiada para atrair investimentos, resultado de décadas de trabalho, fiscalização, qualificação e foco na competitividade. É muito positivo ver a Secretaria e o setor trabalhando em conjunto com os municípios. Esperamos que todos colham bons frutos desta e de outras iniciativas que avançam junto com a cadeia”, afirmou.

Em sua apresentação, Rogério Beretta destacou que Mato Grosso do Sul conta hoje com 60 propriedades dedicadas à citricultura, somando 15 mil hectares plantados e 7 milhões de mudas. “O Mato Grosso do Sul se consolida como uma excelente opção para a expansão da citricultura. O Governo do Estado está criando cada vez mais condições para atrair investimentos: terra em abundância, clima propício, grande potencial de outorga de água para irrigação e ampla disponibilidade de energia elétrica. Isso coloca o estado como destino preferido dos citricultores paulistas”, afirmou. Ele lembrou que a meta é atingir 50 mil hectares plantados nos próximos anos, volume suficiente para atrair uma indústria de processamento de suco.

Beretta reforçou ainda as vantagens logísticas do estado. “Mato Grosso do Sul foi apontado recentemente como o terceiro melhor estado em condições logísticas. Além disso, novos investimentos estão em andamento, como a rodovia entre Três Lagoas e Inocência, que será lançada na sexta-feira, e a concessão das BR-262, BR-267 e BR-040, a ser assinada em janeiro. Esses avanços fortalecem ainda mais a infraestrutura, fator crucial para esta cadeia”, ressaltou. Segundo ele, o momento é decisivo para o setor. “Para consolidar a cultura e desenvolver os pomares, são necessários de dois a três anos de acompanhamento. Por isso, a capacitação é essencial. É fundamental que mais municípios compreendam as necessidades da citricultura e adotem as medidas preventivas necessárias para garantir seu desenvolvimento.”

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destacou o papel da vigilância sanitária na prevenção de doenças que atingiram fortemente os pomares paulistas. “Vivemos um momento de grande oportunidade. A crise sanitária global comprometeu 44% dos pomares de São Paulo. Hoje, conhecemos as causas e dispomos de meios eficientes de defesa. Nossa estratégia se baseia em dois pilares: segurança jurídica, promovendo políticas públicas que atraiam investimentos e fiscalização rigorosa; além de tolerância zero na proteção do