Brasil pode "nadar de braçada" nos mercados do Vietnã, Filipinas e Indonésia, prevê Agrifatto
Considerando apenas esses três mercados, a projeção indica que as exportações brasileiras de carne bovina podem alcançar até 800 mil t até 2035
Ao longo de 2025, o Brasil consolidou avanços estratégicos no Sudeste Asiático, com a abertura de mercados para o Vietnã, as Filipinas e, agora, para a Indonésia, destacou relatório especial produzido pela Agrifatto e enviado aos seus assinantes.
“Com a abertura do mercado indonésio para a exportação de carne bovina, o Brasil reforça a presença em uma das regiões mais dinâmicas do mundo em termos de crescimento econômico e demanda por proteínas animais”, relata a consultoria.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, com aproximadamente 285 milhões de habitantes em 2024, e considerada um mercado estratégico para proteínas animais. “O consumo de carne bovina no país vem crescendo nos últimos anos, impulsionado pelo aumento da renda da população e pela expansão da classe média urbana”, ressalta a Agrifatto.
Juntos, Vietnã, Filipinas e Indonésia somam mais de 500 milhões de habitantes. “Considerando esses três mercados, a projeção indica que as exportações brasileiras de carne bovina podem alcançar até 800 mil toneladas até 2035, o que representaria um salto expressivo em relação aos embarques atuais e reforçaria o papel do Brasil como principal fornecedor global”, prevê a Agrifatto.
Já em 2025, ressalta consultoria, espera-se um incremento imediato nos volumes exportados, consolidando a região como uma das mais promissoras para a expansão das exportações de carne bovina. “Considerando o ritmo médio de expansão, estima-se que, até 2035, o Brasil possa exportar só a Indonésia 114 mil toneladas de carne bovina”, prevê a consultoria.
Atualmente, a Índia é o principal fornecedor de proteínas de origem animal para a Indonésia, disse a Agrifatto. Nos últimos cinco anos, aponta a consultoria, a Índia liderou o ranking de fornecimento de proteína animal ao mercado indonésio, com 48% de participação, seguido pela Austrália, com 36%, e pelo Brasil (5%).