A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) publicou na manhã desta segunda-feira, 18, em suas redes sociais, nota conjunta com as entidades que compõem a Unapec (União Nacional da Pecuária), manifestando-se contra o Projeto de Lei nº 2.627/2025, que será debatido em audiência pública nesta semana no Congresso Nacional, que busca proibir a exportação de gado em pé. 

Segundo a nota hoje, nada impede que os países importadores adquiram carne brasileira processada. Ainda assim, muitos optam pelos animais vivos, seja por questões culturais, religiosas ou pela organização de suas cadeias produtivas. Uma lei nacional proibindo a exportação não mudará essa realidade. O que ocorrerá, de fato, é que esses países buscarão novos fornecedores, e o Brasil perderá espaço nesse comércio.

Para o produtor rural, a exportação de animais vivos é muito mais que um canal de vendas: é uma ferramenta de autonomia. Ela permite negociar diretamente, sem depender exclusivamente da indústria frigorífica. "Tirar essa alternativa é condenar o pecuarista a ficar definitivamente à mercê da concentração de mercado, onde poucos compradores ditam as regras", afirma a Unapec na nota.

A exportação de gado em pé não é um problema para o Brasil. Ao contrário: é uma oportunidade de ampliar mercados, fortalecer o produtor e dar competitividade à pecuária. O que está em jogo não é apenas um modelo de exportação, mas o direito do produtor de escolher a quem vender sua mercadoria.

A Unapec (União Nacional da Pecuária) é composta pelas entidades:  Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul); Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso); Acripará (Associação dos Criadores do Pará); Assocon (Associação Nacional dos Confinadores); Associação Novilho Precoce Tocantins; Sociedade Rural do Paraná e; Apron (Associação dos Pecuaristas de Rondônia).