Mercado futuro sinaliza cautela em relação aos preços do 2º sem/25
Na última semana, os contratos do boi gordo com vencimento em jul/25, ago/25, set/25 e out/25 encerraram a B3 com quedas de 2,24%, 1,95%, 1,43%, 1,67%, respectivamente
Na primeira semana de julho/25, tanto no mercado físico quanto o futuro, o movimento foi de baixa nos preços do boi gordo, segundo balanço da Agrifatto enviado aos seus assinantes.
O indicador Cepea registrou um recuo semanal de 1,39%, com o preço médio do boi gordo cotado a R$ 311,90/@.
Já o indicador Agrifatto apresentou uma média semanal de R$ 311,99/@, com retração de 1,62% em relação ao preço médio da semana anterior.
Por sua vez, o Datagro fechou a semana com uma média de R$312,69/@, com baixa semanal de 1,3%.
Segundo análise da Agrifatto, o mercado futuro do boi gordo acompanhou o movimento do mercado físico e também registrou quedas superiores a 1% na primeira semana de julho/25 (na comparação com a semana anterior), refletindo um possível receio dos agentes em relação ao comportamento dos preços da arroba no segundo semestre de 2025.
“Há tempos não era observado um mercado futuro com essa intensidade”, dizem os analistas da Agriftto.
Os contratos do boi gordo com vencimento em julho, agosto, setembro e outubro encerraram a semana com desvalorizações, cotados a R$ 312,25/@ (-2,24%), R$ 320/@ (-1,95%), R$ 324,25/@ (-1,43%) e R$ 330,00/@ (-1,67%), respectivamente.
“Esse movimento de baixa reforça um cenário de maior cautela por parte dos agentes de mercado, inclusive nos contratos com vencimentos mais longos, o que sinaliza a presença de incertezas relevantes no médio prazo”, ressalta a Agrifatto.
Na avaliação da consultoria, tal movimento demonstra que, mesmo diante das expectativas positivas associadas ao segundo semestre deste ano, o mercado ainda prefere adotar uma postura conservadora antes de projetar valorização mais expressiva nas cotações futuras.
Nesse contexto, diz a Agrifatto, observa-se um aumento na procura por estratégias de hedge com foco nos vencimentos mais longos, como forma de proteger os custos de produção e assegurar as margens operacionais.
“Esse movimento reforça a percepção de cautela dos agentes diante das incertezas que cercam o mercado nos próximos meses, especialmente em relação à dinâmica de oferta e demanda, que tem resultado em um comportamento mais lateralizado dos preços”, observam os analistas da consultoria.
Para os especialistas da Agrifatto, “proteger custos e margens torna-se essencial, com destaque para o uso de opções de venda (PUT) voltadas à comercialização no segundo semestre”.