MERCADO PECUÁRIO

Início de ofertas de confinamento enfraquece cotações

4 JUL 2025 • POR Cepea  • 09h57

O movimento de pequenas, mas sucessivas altas de preços da arroba de boi deu espaço a certa estabilidade, com ligeiras quedas, apontam levantamentos do Cepea. No estado de São Paulo, os negócios têm saído principalmente entre R$ 310 e 315, com alguns em até R$ 305.

Segundo o Centro de Pesquisas, esse comportamento é explicado pelo início das ofertas de confinamento que estão tornando as escalas de abate mais longas e permitem que compradores testem valores menores. Pecuaristas, em geral, negociam no mercado spot apenas pequenos lotes, o que tem tornado a liquidez relativamente baixa.

As vendas de carne no atacado se enfraqueceram no final do mês, e os preços vêm caindo ligeiramente. A carcaça casada bovina voltou a ser negociada abaixo de 22 reais, à vista, o que não acontecia desde o final da primeira quinzena de junho. 

Frango

Os preços médios da carne de frango negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo registraram, de maio para junho, a queda mais intensa em 18 anos, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, esse resultado está atrelado ao caso inédito de gripe aviária em granja comercial do município de Montenegro (RS), confirmado no dia 15 de maio.

Nas primeiras semanas de junho, assim como observado na segunda quinzena de maio, os valores domésticos da carne caíram com força, diante das restrições às exportações da proteína impostas por parceiros comerciais do Brasil. No entanto, no dia 18 de junho, o País voltou a ser certificado como livre da doença, após ter cumprido todos os protocolos internacionais, cenário que gerou otimismo no setor.

Desde então, levantamentos do Cepea mostram reações nas cotações da carne em muitas praças. Apesar disso, os reajustes positivos ficaram longe de gerar uma recuperação nas expressivas quedas das primeiras semanas do mês.

No atacado da Grande SP, em junho, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,50/kg, forte baixa de 13,4% frente à de maio. Trata-se da variação negativa mais intensa em 18 anos, levando a média mensal ao menor patamar real desde setembro/24 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de maio/25).