Boi gordo segue estável, sustentado pela exportação e oferta limitada
Pecuaristas continuam operando com cautela, à espera de mais valorizações na arroba; em SP, os lotes de boiadas prontas são negociados por R$ 320/@, segundo a Agrifatto
Desde a segunda quinzena de maio/25, o mercado físico do boi gordo vem se mantendo firme na maior parte das regiões produtoras brasileiras, informa a Agrifatto, que acompanha diariamente os negócios do setor pecuário em 17 praças do País.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 23/6 pela Agrifatto; clique AQUI.
“Os reajustes nos preços da arroba têm ocorrido de forma gradual”, ressalta a consultoria, acrescentando que a oferta de animais terminados segue bastante limitada, enquanto as exportações brasileiras de carne bovina in natura estão em ritmo forte.
Segundo a Agrifatto, pressionadas pelas escalas mais apertadas, algumas indústrias frigoríficas acabam aceitando preços melhores pelos lotes de boiadas gordas.
Por sua vez, do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas seguem trabalhando com cautela, negociando a conta-gotas, na expectativa de mais valorizações para o boi gordo no curto prazo.
No entanto, neste momento, a Agrifatto detectou uma maior disponibilidade de gado confinado, com lotes padronizados e bom acabamento.
Diante de tal conjuntura, os preços do boi gordo ficaram estáveis nesta segunda-feira (23/6) nas 17 praças acompanhadas pela Agrifatto. Nas regiões de São Paulo, o boi gordo (com ou sem padrão-China) está valendo R$ 320/@, segundo os dados da Agrifatto.
Pelo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo “comum” vale R$ 315/@ no mercado paulista, enquanto o “boi-China” segue cotado em R$ 320/@.
Balanço da última semana
Na encurtada terceira semana do mês, marcada pelo feriado de Corpus Christi, o mercado do boi gordo ficou mais travado, com baixo volume de negócios, informa a Agrifatto, em boletim divulgado aos assinantes.
O indicador CEPEA (base SP) registrou leve alta semanal de 0,19%, com o preço médio do boi gordo cotado a R$ 314,28/@. Já o indicador Agrifatto apresentou uma média semanal de R$ 317,65/@, um aumento de 1,04%.
Por sua vez, o indicador Datagro (SP) fechou a semana com uma média de R\$ 315,07/@, acumulando pequena valorização semanal de 0,56%. No comparativo entre as últimas sextas-feiras, o indicador Datagro subiu 0,50%, encerrando a última semana em R$ 316,30/@.
A quietude no mercado físico, informa a Agrifatto, se refletiu no mercado futuro, com menor participação dos players e, consequentemente, aumento da volatilidade.
Com isso, os principais vencimentos do boi gordo na B3 registraram direções mistas no comparativo entre as sextas-feiras.
O contrato vigente – junho/25 – encerrou a R$ 316,85/@, com recuo de 0,61%, convergindo para a liquidação no mercado físico.
O contrato de julho/25 fechou praticamente estável, a R$ 326,90/@. O vencimento de agosto/25 apresentou alta de 0,43%, terminando a semana cotado a R$ 330,65/@, enquanto o contrato de setembro/25 apresentou leve recuo de 0,18%, cotado a R$ 331,60/@.
O ágio nos preços da B3 pode ser verificado nos vencimentos de julho/25 em diante. Este contrato apresenta uma valorização de R$ 10,60/@ acima do preço do mercado físico, enquanto os valores do ágio para os vencimentos de agosto/25 e setembro/25 R$ 14,35/@ e R$ 15,30/@, respectivamente.