MERCADO EXTERNO

Exportações brasileiras de carne bovina mantêm ritmo de crescimento em abril e no acumulado do ano

Volume exportado chega a 273,4 mil toneladas em abril e ultrapassa 949 mil toneladas no quadrimestre, com destaque para China e Estados Unidos

8 MAI 2025 • POR ABIEC | Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne • 17h20

As exportações de carne bovina do Brasil mantiveram trajetória de crescimento em abril de 2025, com embarques que somaram 273,4 mil toneladas e geraram receita de US$ 1,33 bilhão. Os números representam altas de 13,1% em valor e de 10,2% em volume na comparação com março. Já em relação a abril de 2024, o avanço foi de 27,6% em receita e 15,3% em volume exportado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

A categoria in natura respondeu por 88,4% do volume total exportado e por 91,3% do faturamento em abril, reforçando sua posição de liderança entre os produtos embarcados. Destaque também para o crescimento nas exportações de gordura bovina, que avançaram 199,4% em volume na comparação com abril do ano passado. As carnes industrializadas (+11,5% em receita), miúdos (+11,8%) e produtos salgados (+62,2%) também apresentaram desempenho positivo, sinalizando a diversificação da pauta exportadora.

Entre os destinos, a China manteve a liderança em abril, com 107,8 mil toneladas exportadas (39,4% do total) e US$ 530 milhões em receita. Os Estados Unidos registraram 47,8 mil toneladas (17,5%), com crescimento de 13,6% frente a março e de 498% na comparação com abril de 2024. Também se destacaram, por volume, México (10.978 t), Hong Kong (9.423 t), Chile (9.329 t), Egito (9.099 t), Rússia (7.938 t), União Europeia (7.425 t), Filipinas (7.078 t) e Arábia Saudita (6.294 t), que juntos responderam por mais de 81% dos embarques do mês.

No acumulado de janeiro a abril, o Brasil exportou 949,9 mil toneladas de carne bovina, crescimento de 13,5% frente ao mesmo período de 2024. A receita somou US$ 4,55 bilhões, avanço de 23,7%. A China segue como principal destino no ano, com 392,3 mil toneladas embarcadas (US$ 1,89 bilhão), alta de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso representa 41,3% de participação no volume total exportado.

Já os Estados Unidos mais que quintuplicaram suas compras no quadrimestre, somando 135,8 mil toneladas e consolidando-se como o segundo maior destino das exportações brasileiras (14,3% de participação). Completam a lista dos dez principais mercados: Chile (39.819 t), Hong Kong (33.711 t), União Europeia (29.777 t), Egito (27.421 t), Rússia (27.397 t), Argélia (24.985 t), México (24.313 t) e Arábia Saudita (20.909 t).

“Esse desempenho é fruto direto do trabalho integrado de toda a cadeia da pecuária brasileira, do produtor ao frigorífico exportador, e da imagem de qualidade, sustentabilidade e confiabilidade construída ao longo dos anos. Embora apenas cerca de 30% da produção nacional seja destinada à exportação, esse volume representa uma das principais fontes de geração de divisas para o Brasil, movimenta centenas de municípios e garante o aproveitamento pleno da carcaça, incluindo produtos distintos do consumo interno. Seguimos empenhados no compromisso de abastecer o mundo com excelência e contribuir para o crescimento do nosso país”, afirma Roberto Perosa, presidente da ABIEC.