Boi sobe R$ 2/@ em SP, mas no geral ambiente é de estabilidade nas praças brasileiras
Pecuaristas brasileiros restringem as suas ofertas de animais terminados, contribuindo para o movimento estável nas cotações da arroba, apurou a consultoria S&P Global
O mercado do boi gordo abriu a sexta-feira (12/7) oferecendo R$ 2/@ a mais pelo boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) negociado na praça de São Paulo, informa a Scot Consultoria.
Dessa maneira, arroba do animal macho terminado vale agora R$ 222, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 197/@ e R$ 212/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) segue cotado em R$ 227/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.
Em âmbito nacional, os preços do boi gordo seguem estáveis, com os frigoríficos ajustando as suas escalas de abate a partir de compras de lotes de animais terminados em confinamento, relata a consultoria S&P Global Commodity Insight.
Segundo apurou a S&P Global, as vendas de carne bovina com osso no mercado doméstico continuam em ritmo moderado, com destaque para cortes mais baratos.
Do lado de dentro das porteiras, continua a consultoria, a prudência dos pecuaristas, que restringem suas ofertas para manter os valores atuais, contribui para a estabilidade nas cotações da arroba.
Porém, dizem os analistas da S&P Global, as exportações brasileiras de carne bovina, principalmente para a China, e o câmbio favorável têm mantido o mercado do boi aquecido, apesar da demanda regrada dos frigoríficos e das recentes estabilidades nos preços gerais da arroba.
No atacado, o mercado de carne bovina apresentou um comportamento mais firme, com reações positivas nos preços dos cortes bovinas, informa a S&P Global.
No entanto, os negócios foram mais reduzidos devido à maioria dos compradores já terem suas posições de compra de carne definidas para a distribuição do final de semana.
“Neste momento, observa-se uma estabilidade parcial e um equilíbrio entre oferta e demanda de carne com osso”, ressalta a consultoria.
Onda de frio
Na visão da S&P Global, as temperaturas mais baixas registradas em algumas regiões brasileiras podem afetar o ganho de peso dos animais e aumentar os custos de alimentação, já que os pecuaristas precisam fornecer mais ração para manter a temperatura corporal do gado.
Mercado futuro
O volume de contratos em aberto (futuros + opções) de boi gordo na B3 vem em expansão desde o início de maio/24, informa a Agrifatto.
Nesta semana, tal comportamento se repetiu, renovando as máximas de 2024. No total já são 125,67 mil contratos em aberto, com um avanço de 3,22% no comparativo semanal, relata a Agrifatto.
O aumento no volume de contratos em aberto se deu pelos contratos de opções, que expandiram em 3,59% em comparação com a semana anterior. Por sua vez, diz a Agrifatto, o volume de contratos nos futuros de boi gordo aumentou 2,27% considerando o mesmo comparativo.
“Vale destacar que esse aumento no volume de contratos segue mesmo com o mercado em estabilidade nas últimas semanas”, afirma a Agrifatto, acrescentando que contrato mais líquido (vencimento em outubro/24) recuou 0,04% no comparativo semanal).
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quarta-feira (10/7):
São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$232,00. Média de R$228,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias.