No balcão de negócios, moderação é a palavra-chave, informam consultorias
Durante a semana, as negociações entre indústrias e pecuaristas transcorreram sem grandes flutuações, mantendo os preços da arroba relativamente estáveis
Na sexta-feira (12/4), a pressão de baixa sobre os valores do boi gordo se dissipou temporariamente, abrindo espaços para o mercado físico operar com mais tranquilidade, relata a Agrifatto.
“As negociações entre frigoríficos e pecuaristas prosseguiram em um ritmo moderado, com compras apenas o bastante para manter as programações em nove dias, na média nacional”, observa a consultoria.
Com o intuito de barrar o encurtamento das programações e assegurar regularidade no abastecimento do mercado doméstico de carnes, alguns frigoríficos paulistas chegaram a pagar R$ 230 pela arroba do boi “comum” (sem prêmio-exportação), embora a quantidade negociada não tenha sido suficiente para estabelecer esse preço como referência.
“Nessas circunstâncias, duas das 17 praças acompanhadas registraram valorizações da arroba na quinta-feira: MA e MT”, diz a Agrifatto, citando o comportamento do mercado na quinta-feira (11/4). As outras 15 praças monitoradas pela consultoria mantiveram as suas cotações estáveis.
Ainda na sexta-feira, apurou a Agrifatto, o preço médio do boi gordo em São Paulo também fechou estável, em R$ 227,50. “Todas as 17 praças acompanhadas sustentaram as suas cotações laterais”, ressalta.
De acordo com apuração da S&P Global Commodity Insight, o mercado brasileiro do boi gordo encerrou a semana com negociações cautelosas e estabilidade nos preços na maioria das praças pecuárias.
“No mercado de bovinos, a semana findou sem grandes alterações nas negociações”, reforçam os analistas da S&P Global.
As interações entre pecuaristas e frigoríficos mantiveram-se em um ritmo cauteloso, refletindo uma demanda doméstica estável e uma oferta abundante de animais, acrescenta consultoria.
“No balcão de negócios, moderação foi a palavra-chave; durante as transações, tanto os produtores quanto os compradores agiram com prudência, considerando o cenário de demanda interna contida e a oferta excedente de determinadas carnes”, relata a S&P Global.
Carnes no atacado
No setor atacadista, enquanto os preços da carne bovina mostraram uma relativa estabilidade, observaram-se oscilações mais acentuadas no mercado suíno, com uma possível inclinação para baixa, informa a S&P Global.
No entanto, as vendas de frango abatido apresentaram uma recuperação em relação aos dias anteriores, impulsionadas pela proximidade do final de semana e a necessidade de abastecimento, acrescenta a consultoria.
Preços futuros em alta
No mercado futuro (B3), relata a Agrifatto, a tendência de valorização se manteve na quinta-feira (11/4), com todos os futuros apresentando ajustes positivos.
O contrato com vencimento em abril de 2024 encerrou o dia valendo R$ 232,25/@, com aumento de 0,28% em relação ao dia anterior.