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Produtor da ZAV pede fim da quarentena e preconceito

23 JUN 2010 • POR Campo Grande News. • 00h00

Quase cinco anos após os últimos focos de febre aftosa, produtores da ZAV (Zona de Alta Vigilância) clamam pelo fim de medidas sanitárias que, segundo eles, trazem transtorno e reduzem a competitividade dos pecuaristas dos municípios compreendidos na área tampão.

A Secretaria de Produção tem informado que as medidas serão retiradas paulatinamente, mas não divulgou um cronograma. É meta do governo alcançar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, mas o caminho a ser percorrido até isso passa pela retirada da ZAV. A Seprotur considera as ações de vigilância fundamental para impedir a entrada do vírus causador da febre aftosa.

Ao todo estão na ZAV , em municípios da área de fronteira com o Paraguai e Bolívia, mais de seis mil produtores. A ZAV compreende uma área de 15 km na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, abrangendo os municípios de Antônio João, Japorã, Mundo Novo, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas e Corumbá.

Os produtores acreditam que o propósito da ZAV já se cumpriu e reclamam que as quarentenas ocasionam grandes transtornos operacionais. Além disso, defendem que vacinações poderiam ser feitas pelos próprios produtores ou assistida, mas sem agulha oficial e reclamam que os preços são aviltados pelo fato de integrarem a ZAV.

O presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho/MS, Italívio Coelho Neto, critica a lentidão e a burocracia nos processos de vacinação. “A burocracia é terrível, a gente não consegue agilidade nos negócios por causa dela. Além do mais, a vacinação na região que começou atrasada e, já era pra ter acabado no mês de maio, ainda continua, prejudicando toda a classe”, afirma.