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Frialto está à venda e Marfrig mira aquisição

25 MAI 2010 • POR Agência Estado. • 00h00

O Grupo Frialto, que na sexta-feira suspendeu o abate de animais, está negociando alternativas para a retomada da operação, entre elas a venda, a obtenção de um financiamento ou, em último caso, pedido de recuperação judicial. Oficialmente, a empresa não fala sobre o assunto, mas o diretor Paulo Bellincanta manteve contatos com fornecedores em Cuiabá e prometeu uma posição sobre os rumos da empresa para a próxima semana.

Embora o Marfrig negue as negociações para compra dos ativos do Frialto, várias fontes confirmam os entendimentos. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Marfrig nega o interesse na compra do Frialto e alega que as atenções estão voltadas para a Copa do Mundo, pois é dono da marca Seara, uma das patrocinadoras da seleção brasileira.

A decisão do grupo Frialto de suspender os abates de animais se deve à falta de capital de giro e à dificuldade em conseguir financiamento. Desde a sexta-feira a empresa também não paga as notas promissórias rurais referentes ao gado entregue nos últimos 30 dias. O Frialto tem seis frigoríficos com capacidade para abate diário de 4 mil cabeças.

O diretor superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, diz que o setor "fica triste e preocupado" com a situação do Frialto e com a possibilidade de concentração ainda maior dos frigoríficos no estado. Caso o Frialto seja vendido ao Marfrig