Bonsmara terá 30 exemplares em exposição na Expogrande
Com 10 anos de existência, a Associação Nacional dos Criadores de Bonsmara se firma na agropecuária brasileira e traz para a 72ª Expogrande 30 exemplares do que a de molhar da raça no Brasil. “Em Mato Grosso do Sul a raça tem provado que é altamente adaptada ao clima quente da região do Pantanal”, diz o diretor de eventos da Associação Victor Gaia.
Entre as vantagens do Bonsmara estão a elevada eficiência dos touros na monta a campo -o que deixa o produtor livre da inseminação artificial- e principalmente a heterose, o choque de sangue que produz animais precoces, quando cruzado com o gado Nelore. Segundo Gaia, a heterose só conseguida nesse nível porque no Bonsmara há 0% de sangue Zebu. “A raça é um cruzamento de Hereford, Shorthorn e Afrikaner”, explica Gaia.
Em Mato Grosso do Sul, conforme o diretor da entidade, há criadores em Aquidauana, Terenos, Ponta Porã, Dourados, Maracaju e Camapuã. “Na fazenda Mate Laranjeira há 150 touros trabalhando. Então, quem quiser referência sobre o Bonsmara, aqui no Estado, vai ter”.
Além da presença dos animais em exposição, a Associação programou um leilão no dia 18 de março, às 20h, com 30 touros e 300 animais cruzados com Zebu.
A origem – A raça Bonsmara surgiu na África do Sul da necessidade se chegar a um animal adaptado a região tropical, onde, por causa do calor, os animais de sangue puro sofrem desnutrição severa. Sua cheda ao Brasil só foi possível depois do fim do “Apartheid”
O protocolo sanitário Brasil-África do Sul permite somente o envio de embriões congelados. Portanto, um lote de vacas e touros foi criteriosamente selecionado na África do Sul e os embriões foram coletados e enviados ao Brasil.
Em 2000, nasceu a Associação Brasileira dos Criadores de Bonsmara, homologada no Ministério da Agricultura, e já tem criadores nas importantes regiões pecuárias do País.