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Produtores de cana perdem R$ 180 milhões ao dia e são alvo de vandalismo

30 MAI 2018 • POR Revista Globo Rural • 01h02
Setor da cana é um dos mais prejudicados pela paralisação; todas as usinas suspenderam moagem - Arquivo

Prejuízos diários de cerca de R$ 180 milhões por dia têm sido impostos até o momento às 150 empresas produtoras de cana-de-açúcar do estado de São Paulo como parte do saldo da greve dos caminhoneiros, segundo divulgou nesta terça-feira (29/5) a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Como agravante, a entidade denunciou a ocorrência de ações criminosas  contra o patrimônio das empresas.

Entre os casos relatados está o de grevistas contrários à retomada das atividades agrícolas e industriais que atacaram as companhias apedrejando ônibus de funcionários, incendiando canaviais e impedindo circulação de caminhões-tanques e demais veículos de carga do setor. A linha férrea na região de Bauru teria sido danificada em decorrência de investidas do tipo.
 
No levantamento mais recente da Única sobre os impactos da greve no setor sucroenergético, todo o grupo de unidades produtoras de cana permanece paralisado, com inúmeros bloqueios em rodovias e vias secundárias que dão acesso às usinas.
 
As operações estão suspensas devido à falta de diesel utilizado em máquinas e equipamentos e insumos para a produção industrial e agrícola. Caso a paralisação permaneça por mais dias, a entidade prevê agravamento de problemas no processo de geração de energia, atualmente em funcionamento reduzido, podendo ser interrompida por completo pela falta de insumos.