Produtores de Goiás substituem o dólar pelo real nas negociações
O seu Adriano plantou 575 hectares com soja em Jataí, região sudoeste de Goiás. Noventa por cento dos grãos foram vendidos para uma cooperativa antecipadamente por R$ 32 a saca. O agricultor conta que em safras anteriores ele negociou a produção em dólar. Este ano, optou pelo real.
“Por motivo de segurança mesmo. Da para colocar as contas em dias, fazer a programação na colheita e saber quantos sacos precisa para pagar os custos e as despesas. É um trabalho mais seguro”, justificou Adriano Xavier, agricultor.
Além da soja, quem plantou algodão está preferindo usar a moeda brasileira para fechar as vendas antecipadas. É uma forma de fugir da variação da moeda americana.
Foi o que pensou o agricultor Demerval Rodrigues. “Esse ano é até uma novidade. A gente está começando a acreditar no real porque até nos últimos cinco anos para cá a gente vem trabalhando sempre fechando algodão um ou dois anos para frente. E nesses últimos anos, a gente tem perdido dinheiro com o dólar. Agora, começamos a fechar com o real. Eu acredito que vá dar certo”, falou.