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Preço do boi gordo já subiu 16% entre agosto e setembro

8 SET 2017 • POR Canal Rural • 14h28

O cenário é de firmeza nos preços do boi gordo. A baixa oferta de animais terminados, resultado do período de entressafra e do baixo volume de animais confinados no primeiro giro do confinamento, colabora para as altas nos preços.

Na última quarta-feira, dia 6, a arroba do macho terminado apresentou alta em São Paulo. O valor já é cotado a R$ 145,50, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), valor 1,4% maior que o último fechamento. Houve oferta de compra de até R$ 1 acima da referência. Entre agosto e setembro o preço já subiu 16% em Araçatuba (SP).

Do lado da demanda, a primeira semana do mês, quando normalmente a população apresenta maior poder de compra, colaborou para melhores vendas e possibilitou alta nos preços para a carne sem osso. Na média de todos os cortes pesquisados na Scot Consultoria, a alta foi de 3% nos últimos sete dias.

Dólar

A última referência de cotação do dólar foi o fechamento da quarta-feira, quando o câmbio teve uma queda de 0,57%, cotado a R$ 3,103.

Soja

A quinta-feira, dia 7, foi de calmaria para as negociações na bolsa de Chicago (CBOT). Os investidores parecem ter aderido ao feriado brasileiro, se afastando do mercado. A notícia que mais movimentou os bastidores do dia foi o anúncio da União Europeia com intenções de voltar a comprar o biodiesel argentino, impulsionando as exportações do país.

De acordo com a consultoria AgResource, os mapas climáticos para o cinturão agrícola e norte das planícies pouco se alteram das leituras passadas. Chuvas escassas e sem sinais de precipitações generalizadas é o cenário para os próximos 15 dias nas principais regiões produtoras do país.

A expectativa desta sexta-feira, 8, gira em torno dos dados de exportação semanal americana. Nos últimos relatórios divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), houve uma sinalização de demanda da China mais aquecida. No acumulado do ano safra, os embarques norte-americanos estão em 57,7 milhões de toneladas, contra 51,5 milhões de toneladas.

Milho

O milho fechou com baixas de mais de 1% na bolsa de Chicago. Alguns analistas indicam a que a baixa aconteceu devido ao embolso de lucros, após as recentes altas do grão na semana. Além disso, houve uma diminuição das preocupações em relação ao clima nos Estados Unidos e ao furacão Irma. O vencimento de dezembro deste ano caiu 1,6% e fechou cotado a US$ 3,55 o bushel.