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Com preços do milho abaixo do valor mínimo, negociações permanecem lentas em Caarapó

19 ABR 2017 • POR Notícias Agrícolas • 00h00

Na região de Caarapó (MS), a produção de milho safrinha tem uma expectativa "excelente", como informa o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Umberto Maran. O milho, segundo ele, está bastante adiantado e se espera uma produtividade de 90 a 100 sacas por hectare, uma safra recorde.

Quanto à umidade, os produtores não enfrentam problemas. A preocupação, mesmo, é com as geadas. No entanto, Maran destaca que, se não houverem geadas até o próximo dia 15 de junho, 90% da produção está garantida. Como o clima vem mudando e as geadas, normalmente, estão ocorrendo mais tarde, isso não vem afetando a safrinha. Na questão de sanidade, as lavouras também apresentam situação favorável.

O problema para os produtores está no preço e no armazenamento. No município, o preço gira em torno dos R$18 e o preço futuro, em torno de R$16 para entrega em junho e julho. Poucas pessoas realizaram contratos porque esse preço não paga os custos de produção, de acordo com Maran.

O presidente destaca que os produtores maiores, que têm condições de guardar seu milho, podem esperar. Os armazéns estão cheios de soja, sendo que 60% da oleaginosa ainda não foi comercializada. Se o preço mínimo do milho, de R$19,20, fosse garantido, muitos produtores iam vender, como acredita Maran, mas as expectativas são ruins.

Porém, o problema do milho a céu aberto, como ocorre no Mato Grosso, não deve se tornar real no estado, em função do clima diferente. Alguns produtores têm, ainda, a opção de armazenar seu milho em silo bolsa.

Os valores da soja na região também não são considerados vantajosos para os produtores, uma vez que giram em torno de R$52.