Exportações de carne bovina brasileira atingem US$ 2,8 bilhões no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2016 (janeiro a junho), o faturamento com as exportações de carne bovina brasileira atingiu mais de US$ 2,8 bilhões. No período, foram embarcadas mais de 736 mil toneladas de carne.
No total das exportações, em comparação com o mesmo período do ano passado, o setor registrou aumento de 1,3% em faturamento e de 12% no volume exportado em 2016. Os números positivos do ano devem-se a liderança de Hong Kong entre os países ou regiões que mais importam a carne bovina brasileira, seguido pela China.
O destaque vai para as exportações ao mercado chinês, que acaba de completar um ano da reabertura do mercado, e já renderam mais de US$ 365 milhões em faturamento e 87 mil toneladas em volume exportado nos seis primeiros meses do ano. No Oriente Médio destacam-se as exportações para Egito e Arábia Saudita. Os embarques para o Egito aumentaram 10% em faturamento e 19% em volume (comparado com o primeiro semestre de 2015).
A Arábia Saudita, que voltou a importar carne brasileira recentemente, já ocupa uma posição entre os dez países que mais compram o produto nacional, gerando entre janeiro e junho um faturamento de US$ 56 milhões.
Posição
País/região
Faturamento (US$) (jan-jun/2016)
Volume (toneladas) (jan-jun/2016)
1
Hong Kong
614.197.145,00
178.051,38
2
China
365.947.891,00
87.729,51
3
União Europeia
351.998.752,00
58.114,64
4
Egito
341.286.697,00
110.801,50
5
Rússia
188.578.018,00
69.313,65
6
Irã
164.077.125,00
42.529,65
7
Chile
133.930.223,00
32.586,84
8
Estados Unidos
130.048.659,00
15.600,77
9
Venezuela
69.686.411,00
11.975,45
10
Arábia Saudita
56.526.970,00
14.836,38
As exportações de junho de 2016, em comparação com o mês anterior (maio), apresentaram uma leve retração, com queda de 3% no faturamento (US$ 487 milhões) e em volume de 2% (126 mil toneladas).
Entre os destaques positivos do mês, estão Rússia, Estados Unidos e Chile. Em junho, os embarques para a Rússia registraram aumento de 34% em volume (14 mil toneladas) e 39% em faturamento, se comparado com o mês precedente. Os Estados Unidos voltaram a figurar entre os maiores compradores de carne brasileira com 3 mil toneladas exportadas (34% mais que o mês anterior), garantindo o faturamento de US$ 27 milhões (aumento de 12%). Enquanto isso, o Chile já adquiriu mais de 24% de carne (5 mil toneladas), o equivalente a US$ 22 milhões (24% de crescimento).
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, apesar da pequena retração em junho as expectativas para o ano continuam positivas. “Com os números das exportações para a China, é possível que possamos atingir os mesmos resultados que tivemos em 2014. E isso nos traz um cenário cada vez mais positivo para 2016”, afirma.
Categorias
A carne in natura seguiu como a categoria de produtos mais exportada. No acumulado do primeiro semestre, foram mais de 573 mil toneladas, com faturamento de US$ 2,2 bilhões. Somente em junho de 2016, o faturamento atingiu US$ 382 milhões no mês de junho (3% menos que o mês anterior), com o volume de 97 mil toneladas em exportações (com queda de 3% em relação a maio).