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MELHORAMENTO GENÉTICO

Potencial do uso da genômica no melhoramento animal é tema de palestra

O melhoramento genético é um campo da ciência extremamente complexo e esse tipo de evento é uma forma de traduzir alguns conceitos para um público amplo

16 maio 2022 - 11h28Por Embrapa

O Chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso proferiu palestra sobre o potencial do uso da genômica no melhoramento de bovinos de corte durante o evento Noite da Pecuária, realizado na quarta-feira (11/05), em Uruguaiana (RS).  O evento é uma iniciativa do Centro de Tecnologia em Pecuária do curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e essa edição foi realizada dentro da programação da 20ª Expoutono, que está sendo realizada no município nesse período.

Além de Cardoso, o seminário também teve a palestra da pesquisadora Patrícia Schmidt, que falou sobre avanços e desafios do melhoramento genético aplicado a bovinos de corte. Para o coordenador do Noite da Pecuária, professor Ricardo Oiagen, o melhoramento genético é um campo da ciência extremamente complexo e esse tipo de evento é uma forma de traduzir alguns conceitos para um público mais amplo.  

Segundo Fernando Cardoso, o uso da genômica para o melhoramento animal vem crescendo rapidamente nas últimas duas décadas, trabalhando principalmente com características de difícil seleção pelos métodos tradicionais. Para o pesquisador, a seleção por meio da genômica traz enormes possibilidades para o aprimoramento e rapidez no melhoramento genético de animais. “A genômica é importante para melhorarmos características de alto valor econômico, mas que o fenótipo é muito difícil, trabalhoso ou de alto custo de obtenção. Características como consumo e eficiência alimentar, emissão de metano, resistência à doenças, longevidade e qualidade de produto são possíveis de serem melhoradas por meio da genômica”.

A Embrapa Pecuária Sul trabalha há mais de 10 anos com melhoramento utilizando ferramentas da biologia molecular. De acordo com Fernando Cardoso, o uso dessas tecnologias começou a partir de uma demanda de produtores da Conexão Delta G, que criam animais das raças Hereford e Braford, e que buscavam linhagens mais resistentes ao carrapato.

A partir daí iniciou-se o trabalho que culminou com o lançamento do primeiro sumário de touros resistentes ao carrapato do mundo e a predição genômica que hoje pode ser utilizada por qualquer produtor. Esse mesmo trabalho de seleção genômica para resistência ao carrapato também foi feita para as raças Angus e Brangus. “Além disso, outras vantagens do uso dessa tecnologia são a acurácia nas avaliações genéticas e também a maior rapidez no melhoramento, pois por meio da genotipagem é possível avaliar touros jovens com as características de interesse do produtor”.