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Boi gordo abre a semana em compasso de espera; arroba mantém estabilidade nas praças pecuárias

Expectativas são otimistas em relação ao período de tempo necessário para a retomada das negociações entre o Brasil e a China

08 setembro 2021 - 13h47Por Portal DBO
Boi gordo abre a semana em compasso de espera; arroba mantém estabilidade nas praças pecuárias

O mercado brasileiro do boi gordo abriu a semana em compasso de espera, depois da confirmação oficial da existência de dois casos atípicos de vaca louca (EEB-Encefalopatia Espongiforme Bovina) no Brasil (em Minas Gerais e no Mato Grosso), feita no sábado, 4 de setembro, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“É importante ressaltar que o diagnóstico atípico de vaca louca mantém o Brasil com o status de país de ‘risco insignificante para a doença’, por se tratar de uma ocorrência espontânea (manifestada em animais mais velhos), que não está relacionada à ingestão de produtos de origem animal contaminados”, destaca a Scot Consultoria, de Bebedouro, SP.

De acordo com o protocolo bilateral assinado com o governo chinês, o Brasil suspendeu (a partir de 4 de setembro) temporariamente a exportação de carne bovina ao mercado da China, disparado o principal cliente da proteína brasileira.

“Tal situação paralisou a procura por animais terminados, obrigando os frigoríficos a direcionar o seu foco para o abastecimento do frágil mercado doméstico”, observa a IHS Markit, com sede na capital paulista.

Em 2019, também foi registrado um caso atípico de “vaca louca” no Mato Grosso. Na ocasião, o Brasil também cumpriu imediatamente o acordo bilateral, ou seja, suspendeu os embarques de carne bovina à China, retomando os negócios após cerca de dez dias.

No período de janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou mais de 500.000 toneladas de carne bovina ao mercado chinês, o que representou 38% das importações totais de proteína vermelha realizadas no mesmo período pelo gigante asiático.

Segundo a IHS Markit, na última semana, as escalas de abate dos frigoríficos se alongaram por todo País, por conta do remanejamento dos abates já programados, que não puderam ser adiados ou remarcados.

Alguns frigoríficos exportadores relatam preocupação em relação às suas margens operacionais, visto que os animais que seriam exportados foram adquiridos por valores superiores (prêmios em torno de R$ 5/@) aos preços normalmente pagos pelos bovinos direcionados ao mercado doméstico, informa a iHS.

Por outro lado, continua a consultoria, os resultados dos exames realizados pelo Mapa geraram certo alívio ao setor pecuário brasileiro, já que casos de vaca louca atípica não oferecem risco de contágio ao rebanho nacional.

Segundo a IHS, as expectativas são otimistas em relação ao período de tempo necessário para a retomada das negociações entre o Brasil e a China.

“Algumas plantas que defendem este ponto de vista (de uma retomada rápida das exportações à China) permanecem comprando animais, aproveitando os patamares de preços atuais”, observa a IHS.

Em nota divulgada nesta segunda-feira ao mercado, a Marfrig, segundo maior frigorífico no País, atrás da JBS, disse que “a situação está dentro dos parâmetros regulares envolvendo questões sanitárias”, acrescentando que “espera que as exportações sejam retomadas em breve”.

A Marfrig possui sete unidades frigoríficas no Brasil habitadas para vender carne bovina à China. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, os embarques realizados pelo frigorífico ao mercado chinês representaram 5,6% da receita líquida consolidada no período, informa a empresa.

Boi futuro subiu – No mercado futuro da B3, os contratos com vencimentos de 2021 registraram recuperação na última sexta-feira, um movimento natural após as fortes retrações observadas na última semana, dizem os analistas.

Os contratos com vencimento em outubro/21 e novembro/21 reagiram, respectivamente, R$ 2,75 e R$ 1,30, para R$ 296,95/@ e R$ 304,30/@, respectivamente.

O contrato de vencimento mais curto (setembro) registrou valorização de R$ 2,35, atingindo R$ 295,25/@.

No mercado atacadista, o traseiro registrou alta de R$ 0,50/kg, enquanto os preços dos outros cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis nesta segunda-feira.

As expectativas em relação ao consumo doméstico de carne bovina seguem otimistas, em função do feriado prolongado para algumas regiões brasileiras e também devido ao pagamento dos salários, neste início de mês.

Cotações máximas desta segunda-feira, 6 de setembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 313/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 310/@ (à vista)

vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 299/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)